sexta-feira, 28 de maio de 2010

Porque comer dá que pensar ..

“ …As refeições tornaram-se um meio de governo, e a sorte dos povos passou a ser decidida em banquetes…Leiam-se todos os historiadores de Heródoto aos nossos dias, e se verá que, sem excluir sequer as conspirações, jamais houve um grande acontecimento que não tivesse sido concebido, preparado e ordenado nos festins.”…


A Fisiologia do Gosto. Brillat-Savarin, 1826


“…Desde que provei a sopa tive a sensação de que todo o mundo adormecido despertava na minha memória. Sabores que tinham sido meus na infância e que perdera desde que fui embora da ladeia reapareciam intactos com cada colherada e apertavam-me o coração.”…


Viver para Contá-la. G. Garcia Márquez. Dom Quixote, Lisboa, 2003


“…Partilhámos portanto com eles uma refeição crioula, cuja simplicidade não tinha nada que ver com a pobreza, mas sim com uma dieta de sobriedade que ele seguia e aconselhava, não só para a mesa, mas para todos os actos da vida.”…


Viver par Contá-la. G. Garcia Márquez. Dom Quixote, Lisboa, 2003


“…Da noite para o dia, fiquei importante. Só comia coisas importadas da Europa: carne e feijão enlatados, verdura, legumes e fruta de conserva, chocolates e vinhos finos. A verdade é que da Europa vinha tudo o que se consumia na região.”…


Homens e Caranguejos. Josué de Castro. Ed. Brasiliense, S.Paulo, 1967


“…Cozinhar é o mais privado e arriscado acto. No alimento se coloca ternura ou ódio. Na panela se verte tempero ou veneno…

Cozinhar não é serviço, meu neto – disse ela – Cozinhar é um modo de amar os outros.”…


A Avó, a Cidade e o Semáforo. In Mia Couto: O Fio das Missangas. Caminho, Lisboa, 2004

terça-feira, 25 de maio de 2010

Fast Food

Num mundo acelerado como o nosso, qualquer coisa que nos ofereça comodidade e conveniência a baixo custo, tem futuro garantido.

É por ir ao encontro destas nossas «necessidades», que a indústria “fast food” se tem conseguido enraizar nas nossas vidas.

Dada a situação de termos estas necessidades de não perder tempo e de comodidade, e de existir alguém que as satisfaça, levar-nos-ia a crer que não temos nada a perder, certo? À primeira vista sim. Infelizmente apenas parte está correcto. Peritos em Saúde Pública denunciaram há já algum tempo, a existência de problemas associados à chamada “comida de conveniência”, devido à sua composição à base de ingredientes pouco saudáveis.

Malefícios...

A fast food é chamada de conveniente, porque, para nós, é exactamente isso: conveniente para nós. Mas também o é para o fabricante, e esta conveniência provém da produção em massa e barata dos ingredientes.

O valor nutricional do produto é sacrificado em detrimento desta conveniência. Para devolver todos os sabores perdidos durante o processamento dos ingredientes, são adicionadas grandes quantidades de açúcares, gorduras e sal, para que nos proporcionem as sensações adequadas.

Contudo, sabe-se que, quando em excesso, estes ingredientes provocam consequências, como:

- As gorduras usadas neste tipo de produtos, as chamadas gorduras saturadas, aumentam os níveis de colesterol, provocando coágulos nas artérias e aumentando o risco de doenças coronárias.

- O excesso de açúcares na “comida de plástico” é motivo de grande preocupação. Não só pelo reconhecido impacto na saúde dentária, mas também pela sua ligação directa à obesidade, às doenças cardíacas e até ao cancro.

- O sal em excesso é responsável em grande parte pelo aumento da pressão arterial e aumenta o risco de ataques cardíacos.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Dia Mundial da Obesidade ...

Hoje, fugimos uma vez mais à nossa linha editorial para a comemoração do dia mundial da obesidade.

A obesidade é uma doença! Mais, é uma doença que constitui um importante factor de risco para o aparecimento, desenvolvimento e agravamento de outras doenças

Há tantas pessoas obesas a nível mundial que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou esta doença como a epidemia global do século XXI.

O que é a obesidade?

De acordo com a OMS, a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde.

É uma doença crónica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de mortalidade.

A obesidade acarreta múltiplas consequências graves para a saúde.

Quais são os factores de risco?

- Vida sedentária - quanto mais horas de televisão, jogos electrónicos ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade;

- Zona de residência urbana - quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de obesidade;

- Grau de informação dos pais - quanto menor o grau de informação dos pais, maior a prevalência de obesidade;

- Factores genéticos - a presença de genes envolvidos no aumento do peso aumentam a susceptibilidade ao risco para desenvolver obesidade, quando o indivíduo é exposto a condições ambientais favorecedoras, o que significa que a obesidade tem tendência familiar;

- Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do armazenamento da gordura na mulher com excesso de peso.

Como se previne a obesidade?


- Dieta alimentar equilibrada;

- Actividade física regular;


- Modo de vida saudável.

Os perigos da obesidade e do sedentarismo:

segunda-feira, 10 de maio de 2010

As saladas ...

Cada vez mais as saladas são sinónimos de comida saudável, tendo grande importância no cardápio diário, já que proporcionam uma alimentação leve e saudável.

Os principais ingredientes das saladas são as verduras de folha e os legumes. Salada de tomate e alface são a preferência nacional. Hoje em dia é muito comum saladas de várias folhas, de folhas com frutas , de grãos (como trigo em pão) com legumes e até de frutas secas (passas, pinhões, etc.). Isso sem falar nas saladas que incluem massas, frango, peru, atum, queijos e até torradas.

Dicas para a preparação

- Em primeiro lugar, além de lavar muito bem as mãos, as folhas e legumes, pode deixa-los de molho em solução de hipoclorito, para evitar contaminações.

- Folhas, legumes e frutas devem ser usados, sempre que possível, crus e com a casca, para preservar vitaminas, minerais e fibras.

- As folhas verde-esc
uras são boas fontes de ferro.

- Fontes de carboidratos: escolha entre croutons, macarrão parafuso, batata cozida etc.

- Como fontes de proteínas, opte por peito de frango desfiado, embutidos à base de peru, queijos magros, salmão defumado etc.

- Quanto mais amarelo o queijo, mais colesterol, gordura saturada e sal. Prefira queijo branco.

- Enchidos (presunto, linguiça, salsicha, mortadela etc.) contêm também muito colesterol e sal. Por isso, prefira sempre aqueles de peru e chester (peito de peru, peito de chester, blanquet de peru, salsicha de peru light).

- O atum pode ser usado, mas cuidado, aqueles conservados em óleo contêm mais calorias os conservados somente em água e sal podem ser prejudiciais para pessoas com pressão alta.

- Gemas de ovo devem ser consumidas moderadamente (em torno de duas a quatro por semana).

- Temperos industrializados (em pó, à base de soja etc.) e bacon contêm excesso de gordura e sal, por isso devem ser evitados ao máximo. O melhor é usar pouco sal, azeite moderadamente e de qualidade, limão ou vinagre balsâmico, temperos naturais (como o cheiro verde, o hortelã, etc.) e iogurtes naturais desnatados.

- As frutas também ficam excelentes em saladas, como a manga, o kiwi e a maçã verde. A maçã ser colocada na salada apenas no momento de servir para que não escureça.